13, 20 e 27/08/2016 - Curso presencial - Contação de histórias - Edí Holanda
Em um texto sobre contar histórias, a escritora, professora e apaixonada por história de tradição oral Rosane Pamplona nos diz:
"Afortunadas as crianças que ouvem histórias! Acalentadas pela voz do narrador, rejubiladas pela maravilha das imagens, deixam-se guiar pela luz das verdades essenciais que ali se escondem. A satisfação estampada no rosto das crianças quando ouvem os antigos contos de fadas é assim explicada pelo filósofo Vicente Ferreira da Silva: 'é que sua consciência está sendo povoada pelos deuses.'"
Na primeira infância, na adolescência ou na fase adulta, a autora nos faz refletir mencionando: "É importante que o alimento das histórias não seja negado às crianças (nas mais diversas fases), que o alimento das narrativas venham de forma que privilegiem as capacidades inerentes ao pensar - a inteligência, a sagacidade, o humor, a perspicácia - e mantenham a linguagem simbólica para, através dela, despertar as forças morais: a responsabilidade, a coragem, a solidariedade, a honestidade, o senso de justiça".
Através dessa sábia reflexão da escritora desenvolveremos um fio condutor, com dinâmicas que alimentem o nosso contador de histórias interior:
- o papel do contador de histórias – ferramentas que auxiliam na busca de uma identidade do contador de histórias. As histórias cativam e atraem desde as crianças até os adultos;
- a narrativa fortalece vínculos, cria laços afetivos, alimenta o inconsciente coletivo.
- preparação e exploração da voz;
- a voz e seus recursos, sua expressividade, saúde vocal, respiração, fala, qualidade vocal, ressonância, acústica e projeção vocal.
- a voz desperta imagens internas distintas em cada expectador que aprecia.
- o corpo disponível e presente se relacionando com o público, a sensibilidade, a reflexão.
- a voz e seus recursos, sua expressividade;
- literatura para crianças - panorama contemporâneo brasileiro entre autores das áreas literárias ou musicais;
- exercícios práticos para desenvolver habilidades sem deixar que a performance narrativa prejudique a matéria prima: a palavra. De forma prática, lúdica e com recursos cênicos ou sonoros refletiremos com o grupo os tipos de recursos para enriquecer a performance, como também o não uso de recursos, valorizando somente a voz como instrumento que desperta imagens internas distintas em cada expectador que aprecia;
- prática para o corpo disponível e presente se relacionando com o público, a sensibilidade, a reflexão;
- a voz e seus recursos, sua expressividade.
BIBLIOGRAFIA
MALBA, Tahan. A Arte de ler e contar histórias. Rio de Janeiro, Conquista, 1957.
THELMA, Chan. Divertimentos de corpo e voz. (livro online pela autora)
* Edí Holanda, musicista, cantora lírica e instrumentista, educadora, contadora de histórias e produtora do grupo Cirandando no Quintal e Musicriando