21/03/2017 - Categoria aprova a continuidade da greve, calendário de luta e ato na Paulista neste sábado, 25/03, às 10 horas

        Em assembleia realizada nesta terça-feira, 21/03, em frente à Prefeitura, milhares de profissionais de educação associados ao SINPEEM, com a participação da Aprofem, aprovaram a continuidade da greve, iniciada em 15/03, atendendo à convocação nacional da Central Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). O movimento tem como questões centrais as reformas da Previdência, trabalhista e do ensino médio, do governo Temer; e pela retirada do Projeto Lei nº 621/2016 da Câmara Municipal, de autoria do ex-prefeito Haddad, que cria o Regime de Previdência Complementar (Sampaprev) na Prefeitura de São Paulo.

        “Este é o nosso terceiro grande ato deste ano. Realizamos manifestações e assembleias em 08 e 15 de março, com a participação de milhares de docentes, gestores e do nosso valoroso Quadro de Apoio. Temos de avançar na nossa luta. Não é hora de dividir. É hora de buscarmos apoio de outras entidades, dos movimentos sociais, dos pais, dos alunos e de toda a população ao nosso movimento. Não podemos permitir que mexam nos nossos direitos, conquistados ao longo dos anos com muita luta”, disse o presidente do SINPEEM, Claudio Fonseca.

        Ele ressaltou que a PEC 287 acaba com os direitos previdenciários de todos os trabalhadores, indistintamente, destacando que a categoria, que será golpeada com o fim da aposentadoria especial do magistério, é composta, em sua maioria, por mulheres, que serão duramente atingidas se a reforma for aprovada, já que iguala a idade mínima para a aposentadoria somente aos 65 anos, para homens e mulheres, e eleva o tempo de contribuição para 49 anos. 

        Na oportunidade, o presidente convidou a direção da Aprofem para subir ao caminhão e se pronunciar, porém, apesar de os associados da entidade presentes ao ato votarem pela participação na assembleia, juntamente com o SINPEEM, e aprovarem a continuidade da greve, nenhum dirigente da Aprofem se manifestou.


SÁBADO, 25 DE MARÇO, NA PAULISTA

        A PEC 287 atinge os direitos dos trabalhadores públicos e da iniciativa privada. Por isso, é necessário somar todos os trabalhadores na luta contra a reforma da Previdência. 

        Em várias escolas foram realizadas reuniões com pais, mães e alunos. E não foram poucos os que registraram a necessidade de fazer manifestação pública em dia e horário que permitam maior participação de todos os trabalhadores.

        Considerando esta necessidade a categoria, decidiu realizar manifestação no dia 25 de março, às 10 horas, no vão livre do Masp, na avenida Paulista. 


CALENDÁRIO DE LUTA APROVADO 

        Para fortalecer o movimento contra a PEC 287 e o Sampaprev, dando continuidade à luta pela manutenção dos direitos dos trabalhadores, a categoria também aprovou na assembleia o seguinte calendário:

        22/03 (quarta-feira) – reunião do Comando Geral de Greve, às 17 horas, no Centro de Formação do SINPEEM (rua Guaporé, 240, Metrô Armênia);
 
        23 e 24/03 (quinta e sexta-feira) – atos regionais organizados pelo SINPEEM;
 
        25/03 (sábado) – ato na avenida Paulista (vão livre do Masp), às 10 horas, com a participação de pais, alunos e da população em geral;

        27/03 (segunda-feira) – manifestação e assembleia geral da categoria, ÀS 14 horas, em frente à Prefeitura (Viaduto do Chá), para definir os rumos do movimento.


MARCHA A BRASÍLIA NA VOTAÇÃO DA PEC

        Conforme deliberado na assembleia de 15/03, o SINPEEM solicitou à CNTE que fizesse convocação nacional de Marcha à Brasília, em 28/03, contra a reforma da Previdência. 

        Em resposta ao sindicato, a CNTE informou que a PEC 287 não será votada em 28/03, e garantiu que convocará todos os trabalhadores da educação para a marcha assim que a data para votação da PEC for fixada.


CAMINHADA ATÉ A AVENIDA PAULISTA

        Após a assembleia, os profissionais de educação saíram em passeata do Viaduto do Chá até a Praça dos Ciclistas, na Avenida Paulista. 

        Durante o percurso, diretores do SINPEEM, profissionais da base, pais de alunos da rede municipal de ensino e alunos usaram palavras de ordem contra a PEC 287 e o Sampaprev. É o caso da dona Alda Helena, aluna da EJA e avó de aluno, e do senhor Jailson, que fizeram questão de manifestar apoio à greve da categoria e criticaram medidas que vêm sendo adotadas pelo governo Doria, como a restrição no Programa Leve Leite.

 
PAUTA DE REIVINDICAÇÕES FOI ENTREGUE AO GOVERNO DORIA EM 15 DE MARÇO

        Em campanha salarial, docentes, gestores e profissionais do Quadro de também foram às ruas para reivindicar o atendimento às reivindicações que constam na pauta entregue ao governo Doria em 15 de março. 

        Entre as reivindicações estão questões salariais, como a valorização dos pisos do Quadro dos Profissionais de Educação (QPE); condições de trabalho, saúde, combate à violência; questões funcionais, inclusive com itens específicos para o Quadro de Apoio; organização das escolas e formação.




A luta continua. Nenhum direito a menos!


TODOS À PAULISTA CONTRA A PEC 287 E O SAMPAPREV - SÁBADO - 25/03, ÀS 10 HORAS
AVENIDA PAULISTA – VÃO LIVRE DO MASP

TODOS À MANIFESTAÇÃO E ASSEMBLEIA - DIA 27/03, ÀS 14 HORAS
EM FRENTE À PREFEITURA – VIADUTO DO CHÁ

A DIRETORIA

CLAUDIO FONSECA
Presidente

Veja análise do presidente do Sinpeem, Claudio Fonseca  



Fotos: Graça Donegati
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