13/02/2019 - Assembleia dos servidores decide: a greve continua

NÃO TEM ARREGO. Esta foi a resposta dos servidores municipais ao governo Bruno Covas, que insiste em ignorar a necessidade de negociar com o funcionalismo as reivindicações encaminhadas pelo Fórum das Entidades do Sistema de Negociação Permanente. Em assembleia ocorrida nesta quarta-feira, eles aprovaram a continuidade da greve unificada contra a reforma da Previdência, pela valorização dos serviços e dos servidores públicos, reajuste geral para o funcionalismo de 10% e nenhum confisco aos salários, iniciada em 04 de fevereiro, e realizar nova manifestação na sexta-feira, 15 de fevereiro, às 15 horas, em frente à Prefeitura; e manifestação e assembleia na próxima terça-feira, 19 de fevereiro, às 14h, no mesmo local.

Durante a manifestação, no décimo dia de greve, o presidente do SINPEEM, Claudio Fonseca, informou que, novamente, o Fórum das Entidades havia protocolado ofício solicitando reunião com o prefeito para discutir as reivindicações dos servidores. Em resposta, a Secretaria Municipal de Gestão enviou ofício ao Fórum, condicionando o agendamento de audiência ao fim da greve unificada dos servidores, reconhecendo a legitimidade do movimento. Diz o documento:

“A Prefeitura de São Paulo reitera seu posicionamento de ampliação do diálogo sobre as reivindicações pleiteadas pelo movimento grevista.

Nesse sentido, propomos a suspensão das paralisações e assim criar condições para uma audiência com o prefeito, onde será apresentada pauta de reivindicações.”

Em resposta, os servidores, na luta por nenhum direto a menos, decidiram manter a greve e pressionar o governo a abrir negociação. “Neste documento, o governo Covas reconhece que a greve existe e que cresce a cada dia”, disse Claudio Fonseca. “Chega de não valorizar os servidores, chega de não investir na formação dos trabalhadores, e chega desta política de aplicação de reajuste de 0,01%. Buscamos a unidade, com uma pauta que é do conhecimento do governo, que diz que estamos em luta para garantir que os servidores sejam valorizados e a população tenha serviços públicos de qualidade”, concluiu.

Também foi aprovada em assembleia reunião do comando de greve unificado na sexta-feira, 15 de fevereiro, após a manifestação, para organização do movimento.

Após a assembleia, os servidores saíram em caminhada pela avenida 23 de Maio até a praça Oswaldo Cruz, no início da avenida Paulista.

A DIRETORIA

CLAUDIO FONSECA

Presidente