23/04/2014 - Campanha salarial de 2014: categoria decide manter a greve

         Reunidos nesta quarta-feira (23/04), primeiro dia de greve, aprovada na assembleia realizada em 11 de abril, os profissionais de educação, após ouvirem a resposta do governo de que a incorporação do abono complementar de piso só ocorrerá a partir em 2015, sem a definição de percentual nem o prazo final para que ocorra totalmente, decidiram não recusar a incorporação dos 13,43%, mas exigir que aconteça em percentuais e datas definidas.

         Nossas manifestações e a decretação da greve têm provocado mudanças nas propostas apresentadas pelo governo, mas ainda foram consideradas insuficientes pelos presentes à assembleia.


PRÊMIO DE DESEMPENHO EDUCACIONAL

        Em relação ao pagamento do PDE, por exemplo, além da alteração de 0,1 para 0,01 ponto para cada dia de licença médica, para fins de desconto deste prêmio, apresentada anteriormente, agora, o governo concordou em incluir também a possibilidade de o profissional de educação optar pelo recebimento ou não da antecipação da primeira parcela, no mês de junho. Reivindicamos que não haja devolução dos valores descontados em 2013 e o governo afirma que poderá efetuar os descontos de forma parcelada.

SISTEMA DE GESTÃO PEDAGÓGICA

         Sobre o Sistema de Gestão Pedagógica, que denunciamos impossível de ser operado pelos profissionais de educação por falta de condições e por ocupar o tempo destinado ao projeto pedagógico da escola e da regência com operações burocráticas, o governo incluiu no protocolo a ampliação do prazo para o apontamento de notas, conceitos e frequência. Os demais apontamentos também tiveram ampliação de prazo, ficando para o dia 30 de maio.

            INCORPORAÇÃO DOS ABONOS COMPLEMENTARES DE PISO

         Em maio, todos os profissionais de educação, ativos e aposentados, terão seus padrões de vencimentos valorizados em 13,43%, conforme conquista do SINPEEM, aprovada em lei de 2011.

         O governo anunciou a elevação dos pisos dos docentes, gestores e Quadro de Apoio, acrescentando outros 13,43%, na forma de abono complementar.

         Na reunião realizada nesta quarta-feira, o governo, sob o efeito da nossa pressão, incluiu no protocolo que os novos pisos serão pagos retroativamente a maio de 2014, ainda que a aprovação do projeto de lei na Câmara Municipal aconteça em mês posterior e assumiu o compromisso de incorporar os abonos complementares aos padrões de vencimentos a partir de maio de 2015.

         Vejam o protocolo com as propostas apresentadas pelo governo na reunião de negociação realizada durante a manifestação em frente à sede da Prefeitura:





PRESSÃO DA CATEGORIA FAZ GOVERNO ALTERAR PROPOSTAS

        Sem dúvida, estamos conquistando alterações na proposta inicial do governo. Mas, continuamos insistindo que a incorporação destes novos 13,43% – para que todos os profissionais de educação docentes, gestores e Quadro de Apoio, ativos e aposentados, tenham seus padrões valorizados, a exemplo do que ocorreu com os reajustes de 37,5%, 33,79% e 13,43%, que conquistamos – tenham datas e percentuais definidos.

          Não basta que o governo afirme que irá incorporar a partir de 2015. Os profissionais de educação, em assembleia, aprovaram a proposta de incorporação apresentada pelo governo, mas rejeitaram que somente aconteça a partir de 2015. Por isto decidiram continuar a greve e participar da manifestação unificada do funcionalismo, marcada para o dia 28 de abril, às 14h30, em frente ao gabinete do prefeito.

       Funcionalismo que reivindica revisão geral anual não inferior à inflação, mudança na lei salarial, isonomia entre ativos e aposentados, fim das terceirizações, valorização e melhores condições de trabalho.



PAGAMENTO DOS DIAS PARADOS

          Em mesa de negociação e apoiados no direito de greve, reivindicamos o pagamento dos dias 18/03, 20/03, 04/04, 11/04 e 23/04, ocasiões em que realizamos manifestações e já o primeiro dia de greve.

         Em resposta a esta reivindicação, o governo afirmou que haveria o pagamento, mediante reposição das horas de trabalho, mas o condicionou à imediata interrupção da greve. Colocada em votação, a categoria, que defende a incorporação, com isonomia entre ativos e aposentados, decidiu não se submeter a este condicionamento e manter a greve.


CALENDÁRIO DE LUTA

          Com a decisão da greve, também foi aprovado dar continuidade à luta unitária com o funcionalismo e o trabalho de convencimento daqueles que ainda não aderiram ao movimento.

           Serão realizadas as seguintes atividades:


        24/04 – concentração às 8h, em frente às Diretorias Regionais de Educação (DREs), formação dos comandos de greve e, em seguida, visitas às unidades escolares;

        25/04 – reunião de representantes sindicais, que terá como objetivo avaliar e organizar a participação dos profissionais de educação na greve e paralisação geral do funcionalismo.

           28/04 – participar da manifestação unificada do funcionalismo, às 14h30, em frente à sede da Prefeitura (Viaduto do Chá - Centro)


REUNIÃO DE REPRESENTANTES:
DIA 25 DE ABRIL, SEM DISPENSA DE PONTO

      Com a decisão de continuidade da greve, os presentes à assembleia, por unanimidade, decidiram manter a reunião de representantes do dia 25 de abril. No entanto, SEM A DISPENSA DE PONTO, em coerência com a decisão de greve.

            Os representantes sindicais participarão das reuniões, SEM DISPENSA DE PONTO, convocadas para serem realizadas às 9h30, em três locais: Casa de Portugal (avenida Liberdade, 602), Clube Banespa (avenida Santo Amaro, 5.355, Brooklin) e Centro de Formação do SINPEEM (rua Guaporé, 240, Metrô Armênia).




A DIRETORIA

CLAUDIO FONSECA

  Presidente



 
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