27/05/2014 - Governo mantém intransigência e arbitrariedade. Categoria decide pela continuidade da greve



 
     Em greve há 34 dias, os profissionais de educação da rede municipal de ensino realizaram ato e assembleia na tarde desta terça-feira. Mais uma vez, diante da total intransigência do governo, que dá sinais de que a intenção é vencer a categoria pela força e intimidação, inclusive com o corte do ponto dos educadores, a categoria decidiu manter a greve e realizar o próximo ato, seguido de assembleia, na sexta-feira, dia 30 de maio, às 14h30, em frente à sede da Prefeitura.

     Em reunião com o assessor da Secretaria de Relações Governamentais – na qual sequer compareceram secretários nem o prefeito –, na tentativa de manter a negociação com o governo, os dirigentes sindicais do SINPEEM e da APROFEM insistiram no atendimento às reivindicações da categoria e apresentaram uma nova contraproposta para que as reivindicações funcionais, condições de trabalho, organização do ensino, isonomia entre ativos e aposentados, segurança nas escolas, redução do número de alunos por sala/turma/agrupamento, direito a 15 minutos de intervalo para os educadores dos Centros de Educação Infantil (CEIs), entre outros itens, tivessem continuidade. Para a incorporação do percentual de 15,38%, flexibilizaram a proposta, para que fosse pago em três parcelas, sendo a primeira de 5,54%, em outubro de 2014; a segunda de  3,7%, em maio de 2015; e a terceira de 5,46%, em outubro de 2015, com a sugestão de que esta proposta fosse incluída ao Projeto de Lei nº 235, do Executivo, que tramita na Câmara Municipal, em forma de substitutivo.

         
RESPOSTA DO GOVERNO: ARBITRARIEDADE
E PUNIÇÃO AOS EDUCADORES EM GREVE

     Mesmo com a insistência dos sindicatos da necessidade de valorização profissional e salarial, de fato, dos educadores, o governo Haddad, de um partido que se constituiu nas lutas populares e sindicais, dá sinais de que se esqueceu da própria história. Numa clara demonstração de arbitrariedade, quer negar o direito de greve (consagrado inclusive em lei municipal), não atendendo às reivindicações, e ainda punir os que lutam por seus direitos. Limitou-se, hoje, beirando ao limite da ironia a dizer que “continuará os esforços de valorização da educação”, ratificando que mantém sua proposta inicial de aumento somente do piso, que deixa 78 mil profissionais de educação, ativos e aposentados, de fora – sem a possibilidade de fixar índices nem data final para a incorporação – e reiterando que sequer analisou as demais reivindicações apresentadas pelos profissionais de educação. 

     Apesar de enfrentar a maior greve da história dos profissionais de educação, fato que deveria levar o governo Haddad a uma reflexão sobre os resultados de suas políticas para os servidores públicos, ao ser questionado sobre o pagamento dos dias parados, o representante do governo afirmou que a folha de pagamento do mês de maio já está fechada, que os descontos nos salários dos grevistas serão mantidos e que o pagamento dos dias só será efetuado após a reposição, quando a greve terminar. Medida que só foi adotada pelo governo Jânio Quadros, durante a ditadura militar. De lá para cá, mesmo nos governos mais conservadores, em todas as greves realizadas pela categoria – e não foram poucas –, tivemos conquistas que podem ser consideradas não integrais, mas conseguimos que os governos negociassem e garantissem o pagamento dos dias parados.

     Neste momento difícil, todos os profissionais de educação, que seguiram em passeata da avenida Paulista à sede da Prefeitura, no Viaduto do Chá, e todos os integrantes do ensino municipal precisam se unir em defesa da nossa profissão, dos nossos direitos e lutar contra a humilhação, terror e punição que o governo quer impor para quebrar a resistência dos educadores contra futuras mudanças que quer implantar, com imposição de política de substituição dos salários por subsídios e retirada dos direitos dos aposentados.

     Todos à manifestação na próxima sexta-feira, 30 de maio, em defesa dos direitos, contra as punições e pelo atendimento às reivindicações da categoria.


REUNIÕES DE REPRESENTANTES E DO
CONSELHO GERAL DO SINPEEM SERÃO ADIADAS

     Em razão da greve da categoria, iniciada em 23 de abril, e do posicionamento unilateral e inflexível deste governo em não negociar com os profissionais de educação, as reuniões de representantes sindicais e do Conselho Geral, que seriam realizadas nos dias 02 e 06 de junho, respectivamente serão adiadas.

     O SINPEEM já encaminhou ofício à SME solicitando a alteração de datas, que serão divulgadas em breve no site do sindicato e em cartas enviadas aos representantes e conselheiros.


A LUTA CONTINUA!

DEFENDA OS SEUS DIREITOS E DE TODA A CATEGORIA!


ATO E ASSEMBLEIA – DIA 30 DE MAIO, ÀS 14h30
EM FRENTE À SEDE DA PREFEITURA
(Viaduto do Chá – Centro)


 
A DIRETORIA

CLAUDIO FONSECA

Presidente


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