15/01/2015 - Haddad convida, Gabriel Chalita aceita e substitui Cesar Callegari na Secretaria Municipal de Educação

        Em seu discurso durante a solenidade de posse realizada nesta quinta-feira (15/01), o ex-deputado federal pelo PMDB, Gabriel Chalita, registrou sua gratidão ao falecido ex-governador Franco Montoro, ao atual governador Geraldo Alckmin – de quem foi secretário de Educação por seis anos –, e ao prefeito Haddad pelo convite para ser secretário de Educação da cidade de São Paulo, substituindo Cesar Callegari.

        Falou sobre sua gestão como secretário de Educação do Estado, dos programas lá implantados, como o "Família na Escola", e dos resultados que, segundo ele, resultaram em mudanças positivas nos indicadores de qualidade do ensino.

        Além de discorrer sobre trabalhos realizados em conjunto com o prefeito Haddad, enquanto ministro da Educação, e ele presidente da Comissão de Educação da Câmara de Deputados, afirmou que dará continuidade aos programas implantados nestes dois primeiros anos da atual gestão, não ignorando  problemas existentes. Afirmou que não lhe faltará coragem e que se empenhará para superá-los, com disposição para o diálogo com os educadores.
 
        O prefeito Haddad, em seu pronunciamento, sem fazer qualquer avaliação dos resultados alcançados com os programas implantados até agora na área da educação, que justificaram a mudança do titular da pasta, destacou a importância de sua gestão, quando ministro da Educação, e das parcerias que teve com Callegari e Gabriel Chalita. Afirmou que resultados positivos na educação dependem do envolvimento dos profissionais de educação que, por sua vez, depende sempre de diálogo e respeito aos que aplicam as políticas educacionais.

        Os profissionais de educação – docentes, gestores e Quadro de Apoio – têm, então, todo o direito de achar contraditória a relação entre o discurso e a prática. Afinal, nestes dois anos o que tivemos foi a imposição de programas sem diálogo com a categoria e sem considerar os entraves para sua implantação.

        Protocolos de negociações foram descumpridos, condições de trabalho foram negligenciadas, direitos foram suprimidos e prevaleceu uma visão de que os profissionais de educação precisam ser punidos.

        Os educadores têm todos os motivos para estarem céticos e se prepararem, como sempre, para defender seus direitos e reivindicações. E é o que o SINPEEM continuará fazendo, sem jamais se recusar a apresentar propostas, reivindicações e dialogar e usar os meios que couberem para pressionar para que sejam atendidas.


SINPEEM ENTREGARÁ REIVINDICAÇÕES AO NOVO SECRETÁRIO

        Em outubro de 2014 realizamos o nosso congresso, com participação de quatro mil profissionais de educação. Realizamos o debate sobre a educação municipal, programas e projetos da Secretaria Municipal de Educação e das condições de trabalho na rede municipal de ensino da cidade de São Paulo.

        A elevada indignação da categoria com as ações implementadas pelo governo estava e está mais que evidente e diagnosticada politicamente. Ao final do ano, este tom de indignação e inconformidade aumentou ainda mais com as pressões para os registros no Sistema de Gestão Pedagógica (SGP). Certos de que não restava outra alternativa a não ser lutar por direitos, atendimento às reivindicações – entre elas valorização e melhoria das condições de trabalho –, os participantes aprovaram, por unanimidade, e a carta de reivindicações e ações que devemos realizar, tendo em vista o ano letivo de 2015 e a nossa data base.

        Com a avaliação de que estamos enfrentando grandes dificuldades na rede, com a carta de reivindicações aprovada pela categoria, vamos procurar o secretário de Educação.

        O SINPEEM, entidade sindical autônoma e independente, continuará cumprindo o seu papel. Não atua em oposição ou situação a este ou a aquele prefeito ou secretário. Está e sempre estará à frente da defesa da educação e de seus profissionais.

        Tomara que a mudança de titular não signifique somente um arranjo resultante de acordo partidário, mas a possibilidade de corrigir graves problemas como falta de vagas, salas superlotadas, as precárias condições de trabalho e a desvalorização profissional.

        Os discursos realizados hoje terão força e se mostrarão verdadeiros com as atitudes que forem implementadas. Vamos acompanhar, debater, sugerir e pressionar, em defesa de uma causa tão nobre e essencial: educação pública, gratuita, laica e de qualidade.


JUNTOS SOMOS FORTES!



A DIRETORIA

CLAUDIO FONSECA
Presidente
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