31/07/2006 – CLIPPING


O Clipping Educacional do SINPEEM tem como finalidade
manter os profissionais de educação filiados ao sindicato informados
sobre as publicações diárias dos principais jornais impressos e sites
sobre a área de educação. Portanto, os textos apresentados
não expressam a opinião do SINPEEM.

FOLHA DE SÃO PAULO– 29/07/2006
Kassab anuncia aumento salarial a 65 dias da eleição 

Projeto, que depende de aprovação da Câmara Municipal, cria gratificações para 53 mil professores da rede de ensino

Valor não será incorporado ao salário-base nem à aposentadoria; sindicatos criticam projeto, que não contempla funcionários

DANIELA TÓFOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A cerca de dois meses da eleição, o prefeito Gilberto Kassab (PFL) anunciou ontem que pretende criar gratificações que irão aumentar entre 9,81% e 54,29% os salários dos professores da rede municipal de ensino. A proposta ainda depende de aprovação da Câmara Municipal. A última vez que a prefeitura deu um aumento real à categoria foi em 2002, coincidentemente um ano de eleições para presidente e governador.
Kassab assumiu a prefeitura no lugar de José Serra (PSDB), que está concorrendo ao governo do Estado. Seu partido, o PFL, apóia a candidatura de Serra e também do ex-governador Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência.
A prefeitura está propondo a incorporação de dois tipos de gratificação ao salário-base da categoria, que não sofrerá alteração. De acordo com o anúncio feito ontem, cerca de 53 mil professores passarão a receber todo mês um abono, chamado de gratificação de regência, que irá variar de R$ 100 a R$ 450 (depende da formação do professor e de sua jornada de trabalho), além do salário-base.
Assim, um professor com licenciatura plena (que pode lecionar para qualquer série; mais de 70% da rede está nessa categoria) que trabalhe 30 horas por semana, por exemplo, receberá o salário-base de R$ 923,56, mais a gratificação de regência de R$ 325, o que dará R$ 1.248,56 por mês.
Além da gratificação de regência, a prefeitura está criando uma segunda gratificação, chamada de garantia de piso mínimo. Ou seja, professores com magistério, independentemente da jornada de trabalho, receberão no mínimo R$ 700; os com licenciatura curta (só podem dar aula para o ensino fundamental), R$ 800 e os com licenciatura plena, R$ 950.
Com isso, os de licenciatura plena que trabalham 20 horas por semana passarão a ganhar R$ 950 da seguinte forma: R$ 615,71 do salário-base, mais R$ 200 da gratificação de regência, mais R$ 134,29 da complementação do piso mínimo, o que equivale a um aumento de 54,29%. Se descontado o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) de 2005 até junho de 2006, que foi de 7,31%, o aumento real fica em 46,98%, segundo a prefeitura.
As gratificações, no entanto, não serão incorporadas à aposentadoria nem serão dadas aos inativos (aposentados e licenciados), segundo o projeto. Elas também não atingem os funcionários que trabalham na Secretaria da Educação.
A proposta de aumento apresentada pela prefeitura ontem é exatamente a mesma que a Secretaria Municipal de Gestão fez à categoria na quarta-feira . Os sindicados de professores e funcionários não gostaram do projeto e dizem que continuarão em negociação. A principal crítica é justamente por ele não contemplar aposentados e funcionários.
"Precisamos de reajuste para toda a categoria, para ativos e inativos, não de gratificações que não são incorporadas à aposentadoria", diz a vice-presidente da Aprofem (um dos sindicatos da rede), Margarida Prado Genofre. Já o presidente de outro sindicato, o Sinpeem, Cláudio Fonseca, afirma que a categoria vai analisar a proposta e pedir que alguns ajustes sejam feitos. "A proposta revela que a prefeitura tem dinheiro. Então, é preciso apenas melhorar a forma do aumento."

Mais gratificação

Desde 2002, quando ganhou o último aumento real de 6%, a categoria vinha recebendo apenas reajustes anuais de acordo com a inflação e gratificações esporádicas. No ano passado, os professores receberam uma Gratificação por Desempenho Educacional de R$ 550. Neste ano, deverão receber R$ 1.200 até o fim do ano, sendo que R$ 400 já foram pagos em junho.
Se a proposta de Kassab for aprovada pela Câmara, a prefeitura irá gastar neste ano R$ 158.256.101,95. Segundo o vereador Arselino Tatto, líder do PT, o projeto tem grande chance de ser aprovado. "Vamos analisar direitinho como são essas gratificações mas, a princípio, os vereadores são sempre favoráveis ao aumento de verba para a educação."

FOLHA DE SÃO PAULO – 29/07/2006 
MEC passará a avaliar os cursos tecnológicos 

Objetivo é dar mais respeitabilidade a esse tipo de graduação de curta duração

Alunos matriculados nesta modalidade representam somente 3,7% do total de estudantes no ensino de nível superior brasileiro


ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO

Os cursos tecnológicos -de nível superior, mas com curta duração- agora também serão avaliados pelo Ministério da Educação por meio do Enade (exame que substituiu o Provão). Isso passará a ser possível a partir do anúncio que o MEC fará nesta segunda, quando será divulgado um catálogo de denominações desses cursos.
A avaliação é mais uma tentativa do governo de fazer deslanchar uma modalidade de curso que ainda é vista com muita desconfiança por boa parte dos alunos e dos empregadores: os cursos de curta duração voltados para uma área de formação específica e com a finalidade de garantir inserção rápida no mercado de trabalho.
Segundo o ministério, o catálogo permitirá que mais de 1.300 denominações diferentes sejam convergidas, inicialmente, para 95. Em muitos casos, são cursos com nomes distintos, mas que preparam o mesmo perfil de profissional.
Os cursos tecnológicos passaram por um rápido crescimento, especialmente pela via privada, de 1998 a 2004. Nesse período, o número de matrículas aumentou 170%. Em 1998, eram 56.822 estudantes. Em 2004, passaram a ser 153.307. Esse total representa somente 3,7% do total de estudantes no ensino superior brasileiro.
"Nos Estados Unidos, o percentual de cursos de curta duração ultrapassa 40% do total do ensino superior. O mesmo acontece em vários países europeus. O país precisa de tecnólogos. Em áreas como turismo, agronomia ou informática, por exemplo, há carência de pessoal qualificado, mas, em virtude de o diploma nesses cursos nem sempre ter respeitabilidade pública, as empresas acabam preferindo contratar um profissional que tenha feito um curso tradicional", afirma o ministro Fernando Haddad.
A falta de receptividade do mercado a esse tipo de curso é clara quando se compara o percentual de vagas preenchidas nos últimos anos. Em 1998, era de 79%. Em 2004, caiu para 47% porque a oferta de vagas cresceu num ritmo maior do que a procura. Um exemplo disso ocorreu nesta semana, quando a PUC-SP cancelou sete dos seus dez novos cursos tecnológicos por falta de candidatos. Havia 1.050 vagas, mas apenas 295 foram preenchidas.
Especialistas divergem em relação à eficácia das novas medidas, mas concordam que há, no Brasil, uma cultura do bacharelado, que valoriza apenas o diploma de cursos tradicionais de graduação.
Para o consultor Carlos Monteiro, o controle da qualidade é necessário, mas depende de como será feito. "A idéia do MEC pode ser muito boa, mas há o risco de pasteurizar e inibir uma das principais características desses cursos, que é a capacidade de inovação."
Na avaliação de Maria Tereza Franzin, diretora de graduação do Centro Universitário Senac, a avaliação era necessária: "Há um grande desconhecimento por parte dos alunos e das empresas sobre o que significa essa modalidade de curso."

O ESTADO DE SÃO PAULO – 31/07/2006
Governo vai avaliar cursos tecnológicos pelo Enade 

Renata Veríssimo 

O Ministério da Educação passará a avaliar a partir de novembro os chamados cursos tecnológicos - de nível superior, mas com curta duração. O secretário de Educação Tecnológica, Eliezer Pacheco, informou que eles entrarão no cronograma de avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep) a partir da divulgação, hoje, do catálogo de denominações dos cursos. A publicação irá convergir as atuais 1.512 denominações em apenas 95.
Os alunos, a exemplo dos cursos superiores tradicionais, serão avaliados pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), que substituiu o Provão a partir de 2004. O Enade prevê uma avaliação por amostragem através de sorteio dos alunos que estão no primeiro e no último ano. Cada curso é avaliado a cada três anos. "Serão avaliados em novembro os cursos tecnológicos que estiverem dentro das áreas definidas pelo Inep", explicou Pacheco, citando engenharia e os cursos de licenciatura.
O secretário ressaltou, no entanto, que o catálogo terá apenas caráter orientador para as instituições de ensino superior e estudantes. Segundo ele, o MEC não pode proibir nomenclaturas distintas. "Nós teremos 95 denominações que serão reconhecidas pelo MEC e poderão ser avaliadas pelo Enade como os demais", disse. "Mas o catálogo é bom para todo mundo."
Segundo ele, as instituições sérias aplaudiram a iniciativa do governo. Para Pacheco, é natural que, com o tempo, o mercado vá consolidando os cursos bem avaliados e esvaziando os demais, como já ocorreu com o Provão. Ele afirmou que a procura pelos cursos tecnológicos tem crescido e representa 12% do total de matrículas em cursos superiores. Nos Estados Unidos e na Europa, segundo o secretário, esse índice é em torno de 15%.
Os cursos tecnológicos são procurados normalmente por pessoas acima de 24 anos que querem ingressar no mercado de trabalho de forma mais rápida ou já trabalham mas precisam melhorar sua posição no mercado. O secretário avalia que os cursos também atendem a uma demanda reprimida por vagas em universidades. Segundo ele, apenas 10,5% dos jovens entre 18 e 24 anos no Brasil freqüentam o curso superior.

JORNAL DA TARDE – 31/07/2006
Como ter sucesso e felicidade 

Içami Tiba

O sucesso e a felicidade não dependem somente de uma pessoa fazer o que gosta. Entendendo que esta pessoa seja competente, disciplinada, ética, criativa, com iniciativa e cidadã. O sucesso e a felicidade dependem também da pessoa saber lidar com o que não gosta. Pois o que a pessoa gosta traz também algo que ela não gosta. Se as pessoas largarem o que gostam por não saberem lidar com o que não gostam, elas vão restringindo cada vez mais os seus campos de ação. Pessoas de sucesso e felizes não têm portas fechadas à sua frente. Acompanhando os jovens percebo que eles são capazes de largar uma faculdade por não conseguir superar suas dificuldades com uma ou outra matéria, outros largam seus sonhos por não conseguir estabelecer uma estratégia de realização. Esses são algumas das conseqüências de uma educação muito permissiva que aceita que os filhos não cumpram suas tarefas até o fim. Os pais destes jovens tomaram para si a responsabilidade de deixarem os filhos fazerem o que tiverem vontade. Assim, deixaram de preparar os filhos para a vida. O sucesso não é o que a própria pessoa se apregoa. O sucesso é o reconhecimento que outras pessoas lhe dão. Felicidade é uma sensação interior que se aprende a desenvolver, curtindo o que tem, sem ficar chorando pelo que não tem.
Içami Tiba, psiquiatra e psicodramatista, www.tiba.com.br
 

JORNAL DA TARDE – 31/07/2006
NOTAS

Feira EduCanadá em setembro 
Começa em setembro a 9ª edição da EduCanadá, a maior feira de educação canadense no Brasil, que mostra os benefícios de se estudar em instituições de ensino daquele país. O evento contará com palestras e atrações culturais. A feira acontece na Capital (16 e 17/09), Ribeirão Preto (19) e Salvador (23). A entrada é gratuita. Informações pelo telefone 3061-1400.

Astronomia
O Colégio Singular Santo André está com inscrições abertas para o Curso de Astronomia, que terá início em 19 de agosto. As aulas serão dadas aos sábados, das 8h30 às 12h, durante quatro meses. A atividade é realizada duas vezes ao ano e aberto à população. O custo é de R$ 70. Há 100 vagas. Informações: 4990-2000.

Bolsas de estudo no Reino Unido
O governo britânico continua com as inscrições para o programa Chevening de bolsas de estudo. Financiado pelo Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido e administrado pelo British Council, o Chevening oferece a oportunidade de estudar em conceituadas universidades britânicas. A ficha de inscrição já está disponível em www.chevening.org.br, até 15 de setembro. Os candidatos devem ter curso superior e experiência na área em que pleiteiam a bolsa.


Curso de inglês com inscrições abertas
O Centro Cultural Brasil-Estados Unidos de Campinas (CCBEU) está com inscrições abertas para as turmas de inglês do segundo semestre. As aulas começam no dia 5 de agosto. O CCBEU também oferece bolsas de estudos. Para concorrer, o interessado deve se cadastrar no site www.ccbeuc.com.br até 31 de julho e votar no melhor painel de grafitagem. Informações sobre as inscrições e o concurso de bolsas pelo telefone: (19) 3794-9700.

JORNAL D ATARDE – 30/07/2006
O uso consciente da água 

MARIA REHDER 

O JT, em parceria com o Núcleo de Comunicação e Educação (NCE/USP), coordenado pelo professor Ismar de Oliveira Soares, traz uma sugestão de atividade para ajudar a despertar nos alunos a responsabilidade pelo uso da água. A aula, indicada para as aulas de Matemática do Ensino Médio, foi elaborada por Arilise M. Lopes, professora do Centro Federal de Educação e Tecnologia de Campos - RJ - e dos Institutos de Ensino do Censa (Isecensa).

INTRODUÇÃO
A água é um líquido precioso que permeia nossa vida cotidiana e, hoje, corre sério risco de acabar, em função de agressões ao meio ambiente e do descaso do homem.
A ciência é uma das ferramentas para a preservação da água. O filósofo e matemático francês Descartes, por exemplo, no séc. 17 idealizou importante instrumento - o Plano Cartesiano - que permitiu demonstrar, visualmente, relações entre os números. É um os instrumentos que podem ser trabalhados com os alunos para transmitir noções para um consumo ecologicamente correto da água.

OBJETIVO
Esta atividade pretende sensibilizar os alunos para necessidade de monitoramento e controle da água que chega às suas casas, introduzir o conceito de função do 1º grau e representação no Plano Cartesiano, além de revelar o papel do filósofo René Descartes.

DESENVOLVIMENTO
1º momento: Separe os alunos em grupos de 4 e peça a eles, preliminarmente, 2 pesquisas, uma sobre a água e outra sobre o filósofo Descartes.
Na próxima aula, faça os seguintes questionamentos em grupo:
a - Todos têm direito à água. Será que estamos economizando o suficiente para que as próximas gerações também tenham direito?
b - O que podemos fazer para economizar água?
c - Como usamos a água em casa? Na escola? No serviço?

2º momento: Apresente um desenho ou transparência de uma casa, seus cômodos, tubulação, caixa d’água e lance o seguinte desafio aos grupos:
na caixa d’água do Sr. Antônio, de 500 litros, quando é aberta a torneira que a alimenta, o volume de água aumenta 20 litros a cada 2 minutos. Com base nesses dados, construam uma tabela com as seguintes situações:
Se a caixa estiver vazia, quantos litros de água há nela?
Combine, com os alunos, uma convenção de que tempo será representado pela letra “x” e volume de água “y”. Peça que representem as respostas de forma numérica na tabela. (0,0 - no caso da caixa vazia).
a - Abrindo a torneira, após 2 minutos quantos litros haverá na caixa?
b - Quanto mais o tempo aumenta, o que acontece no volume?
c - Represente na tabela.
d - Discuta com os alunos a relação que existe entre os pares encontrados e introduza a notação de par ordenado. A tabela deve ficar, mais ou menos, assim:

3º momento: Peça que cada grupo exponha em aula os dados da sua pesquisa sobre René Descartes.
Após o debate, pergunte a eles qual foi a contribuição do filósofo na descoberta do elo entre a manipulação algébrica e a representação gráfica.
Em seguida, aproveitando o conceito matemático de Plano Cartesiano que deve surgir na exposição dos alunos, introduza o conceito de eixos, abscissas e par ordenado e solicite que os grupos representem os valores encontrados no Plano Cartesiano.

4 º momento: Agora é a hora de despertar a consciência para o gasto de água nas residências. Eles devem trazer uma conta de água. Os reúna em grupos por faixa de consumo e de acordo com a tabela acima:
Solicite que os grupos tracem um gráfico com o volume de água consumido versus valor a ser pago (tarifa de água mais esgoto).
Os incentive a pensar nas semelhanças e diferenças entre eles.
a - Quantos moram na casa ?
b - Quem está abaixo ou acima da média?
Peça para que comparem com os valores encontrados pelos outros grupos e que respondam:
a - Será que eu e minha família estamos gastando muita água?
b - Como seria possível diminuir o consumo?

PAPEL DO EDUCADOR
Mais do que transmitir um conceito matemático, o professor desperta seus alunos para importantes questões que dizem respeito ao universo da família, do bairro, ensinando conceitos úteis para que eles possam comparar, monitorar e refletir sobre o uso da água.

BIBLIOGRAFIA
Reale, G. & Antiseri, D. - História da Filosofia, Volume II, Ed.Paulis, São Paulo, 1990.
Descartes, Rene - O Discurso do Método, Coleção Universidade, Ediouro, 1986.
BRANCO, Samuel Murgel. Água: Origem, Uso e Preservação. Ed. Moderna.
Equipe de Consultoria Educomunicativa: Salete Soares, Izabel Leão e Luci Ferraz

Aluno reduz conta em mais de 60% 

"A conta de água da minha casa foi R$ 135,66 em março. Depois das aulas de Ciências, mudamos nossos hábitos e já no mês de julho a conta foi reduzida para R$ 46,64", comemora Manuel Vinícius S. Caldas, 12 anos, aluno da 6ª série.
A conquista deste aluno é fruto de um projeto implementado por Fátima Solange Lavorente, professora da Escola Estadual Paul Hugon. "Ao abordar o tema água, lancei o desafio da mudança de hábitos. Também pedi para que fizessem um teatro sobre a economia de água. Me surpreendi ao ver a rápida resposta", diz a professora.
A redução da conta de Manuel foi gradativa. Em abril , R$83,34, em maio R$57,18 e, em junho, R$ 46,64. "Reduzimos o tempo do banho, sempre fechamos as torneiras, entre outras coisas. Tenho certeza de que vamos economizar ainda mais no próximo mês."

Site do Akatu traz cartilha de consumo

O Instituto Akatu , por meio do site www.akatu.org.br, disponibiliza a cartilha virtual Sou Mais Nós para download gratuito. Esta publicação explica e valoriza ações cotidianas e voluntárias de consumo consciente, para mobilizar o maior número de pessoas em torno da responsabilidade de consumo. São ações que permitem a qualquer pessoa contribuir para preservar o meio ambiente e melhorar a qualidade de vida de todos.

Sabesp chama aluno para seu showroom

O showroom da Sabesp é uma dica para as crianças, estudantes e professores que queiram saber mais sobre o processo de tratamento de esgoto por meio de recursos interativos ou obter dicas de consumo consciente da água. Os interessados podem agendar visitas individuais ou em grupos: 0800-0133499.

JORNAL DA TARDE – 30/07/2006
Curso de extensão em Braille e Libras 

A UNINOVE abriu vagas para cursos de extensão de Braille e Libras. Ambos são voltados para profissionais na área de educação, que pretendem atuar no ensino de portadores de deficiência auditiva e visual. As aulas serão ministradas no Campus Memorial (Av. Francisco Matarazzo, n° 612, Barra Funda), todos os sábados, a partir de 5 de agosto, das 8h às 12h, até o mês de outubro. O preço do curso de Braille é R$ 100 e o de Libras, R$ 150. Mais informações podem ser obtidas com a Central de Atendimento da Universidade , pelo 0800 70 10 999, ou no site www.uninove.br.

JORNAL DA TARDE – 29/07/2006
Ganho salarial polêmico 

Aposentados, de licença e adjuntos ficarão de fora 

NATÁLIA ZONTA

A Prefeitura de São Paulo anunciou ontem a proposta de reajuste salarial dos professores municipais que será encaminha à Câmara Municipal para votação. Os valores representam até 54,29% de aumento, na maior parte feito por meio de gratificações. O piso salarial de profissionais com licenciatura plena, com ensino superior completo, que representam 70% da categoria, subiria de R$ 615,00 para R$ 950,00.
Porém, as gratificações só contemplariam os 53.667 professores e diretores que estão nas salas de aula, e não os aposentados, adjuntos, de licença médica ou ainda os funcionários que trabalham nas secretarias, na limpeza e nas cozinhas. Segundo o Sindicato dos Profissionais em Educação do Município de São Paulo (Sinpeem), o número de trabalhadores que ficariam de fora do aumento supera 28 mil.
A diretoria do sindicato já rejeitou a proposta. “Os números não representam um aumento real. As gratificações não podem ser consideradas seguras e fixas, queremos a mudança nos rendimentos”, disse um dos diretores, Élio Araujo da Silva. Segundo ele, a proposta ainda não valoriza funcionários com mais anos de casa, ou que subiram de cargo por mérito pessoal. “Se aprovada, as gratificações vão causar desconforto nas escolas.”
Na quarta-feira, o Sinpeem deve analisar a proposta. Até sábado, a categoria deve realizar uma assembléia para medir a aprovação entre os professores. O último aumento real, acima da inflação, calculado com base nos vencimentos, foi obtido pelos professores em 2003, com reajuste de 7%.
Para o secretário municipal da Educação, Alexandre Schneider, depois de melhor estudado, o reajuste deve ser aceito pela categoria. “É o que podemos oferecer neste momento, queremos valorizar os professores que estão trabalhamos, é mais justo”, explicou.
Outro valor ainda está sendo debatido entre sindicato e secretaria. Em dezembro deve ser paga a última parcela da Gratificação por Desempenho Escolar (GDE), cujo valor pode chegar a R$ 1.200,00, calculados com base na freqüência do professor. Em junho, a Prefeitura pagou R$ 400,00. “A intenção é conseguir chegar ao teto, mas isso vai depender de quanto vamos economizar”, disse Schneider.
No mês que vem a secretaria deve oferecer um curso de gestão para os diretores dos colégios. Também está nos planos a aplicação de uma prova para medir o rendimento dos alunos e professores. Com base nos resultados, a secretaria deve calcular a próxima GDE e premiações para os colégios. O assunto ainda não foi discutido com o sindicato. “Ainda estamos estudando esse processo”, disse o secretário.
O sindicato já é contra a idéia. “Não achamos que uma avaliação com caráter punitivo irá ajudar”, constatou Élio.

JORNAL DA TARDE – 29/07/2006
Boa gestão destaca escola municipal 

MARIA REHDER 

Uma rádio escolar funcionando a todo vapor. Paredes pintadas de cores claras que resistem à pichação há mais de 5 anos. Banheiros limpíssimos, com espelhos grandes , azulejos trabalhados. E um projeto pedagógico que usa o esporte e os meios de comunicação internos como ferramentas-chave para solucionar problemas de aprendizagem dos alunos e reduzir a evasão escolar. Essas são algumas características que fazem a comunidade do Itaim Paulista, Zona Leste, entrar na disputa acirrada por uma vaga na Emef. Carlos Pasquale.
Entretanto, a situação desta escola, que hoje tem cerca de 3 mil alunos de 1ª a 8ª séries, nem sempre foi assim. "Só o chão e o teto são os mesmos da gestão anterior. Antes da diretora Ana assumir, em menos de 2 anos tivemos 4 diretores, ninguém parava aqui", conta a professora da sala de leitura, Glaúcia de Oliveira.
Segundo a diretora da Emef Carlos Pasquale, Ana Inês Valverde M. A. Fernandez, o número de alunos retidos na 4ª série reduziu de 160 para 60 nos últimos 5 anos. Já o número de retenção dos alunos na 8ª série não chegou a 5 no ano passado. "O nosso índice de evasão escolar é zero. As melhorias no espaço físico só motivaram a transformação de todo o projeto pedagógico", diz.
No entanto, o começo realmente não foi fácil. "Os professores eram bons, mas havia vazamento nos telhados, pichação, escuridão, os alunos eram indisciplinados", lembra.
Ana Inês, que atua há cerca de 20 anos na rede pública , chegou a ser ameaçada ao assumir a direção da Carlos Pasquale em 2000. "Eu sabia que o diretor da escola tinha saído por causa de ameaça de alguns alunos da pesada. Logo que assumi, eles vieram à minha sala. Conversamos, fui firme, e por fim eles disseram que não mexeriam comigo. Desde então, nada aconteceu."
Antes de tomar qualquer atitude, Ana Inês decidiu ouvir o que os professores e a comunidade tinham a dizer sobre a escola. "Juntos, reformamos as salas, os banheiros, hoje temos um auditório com televisão de 54 polegadas que compramos com verba arrecadada em festas."
Em menos de 6 meses na direção, Ana Inês também incentivou a criação de um boletim bimestral para que os familiares dos alunos pudessem saber o que acontecia na escola. "Não é fácil manter contato próximo com 3 mil famílias, mas os boletins deram tão certo que até hoje os distribuímos a cada 2 meses."
Já os problemas de aprendizagem foram solucionados por meio do trabalho intenso dos educadores. "Os professores criaram aulas diferentes. Hoje a nossa turma de ginástica olímpica tem até uniforme especial para apresentação. O desempenho dos alunos melhorou, pois para participar dos projetos esportivos eles tinham que ir bem nas aulas, ter disciplina."
A professora de Educação Física Elaine F. de Souza conta que alguns alunos se profissionalizaram no esporte. "Essa não era a intenção, mas a motivação foi tão grande que temos alunos em grandes clubes de basquete e futebol', diz.
Para Ana Inês, atualmente, seu maior desafio é driblar a alta rotatividade de professores e o grande número de alunos por classe. "Temos dificuldades em lidar com a diversidade de cada aluno, mas acredito que com o espaço físico já em ordem e a comunidade escolar unida, conseguiremos melhorar."

Alunos 'tocam' a rádio escolar 

Ao visitar a Emef Carlos Pasquale, a reportagem do JT encontrou uma unanimidade entre os alunos: o prazer em participar da rádio da escola, que surgiu em 2002 por meio do projeto Educom.rádio. "Eu amo essa escola, principalmente a rádio. Lá a gente aprende coisas novas, se diverte", diz Rafaela dos Santos, aluna da 5ª série.
Já Maria Carolina França, da 6ª série, conta que seus familiares ficam seguros com ela na escola. "À tarde fazemos os programas. Lá fora é perigoso, mas aqui nos divertimos aprendendo', diz. A diretora da escola, Ana Inês Fernandez, concorda. "A rádio produzida pelos alunos tem impacto muito positivo em nosso processo pedagógico."
 

JORNAL DA TARDE – 29/07/2006
NOTAS

ARTES
O Centro de Estudos Educacionais Vera Cruz (CEVEC) promove oficinas para melhor compreender o ensino de Ciências e Artes Plásticas. Informações: (11) 3838-5992 e www.iseveracruz.edu.br


DEBATE
O "Seminário Nacional Tecendo Redes" recebe inscrições até o dia 14 para debater a Educação Integral, dos dias 15 a 17 de agosto, no Memorial da América Latina. Inscrições gratuitas pelo site www.cenpec.org.

PRÁTICA DA ESCRITA
O II "Simpósio Internacional Sobre Práticas Escritas na Escola: Letramento e Representação' acontece dos dias 7 a 9 de agosto na USP, na FFLCH: (11)3091-4645

GAMES

O Senac realiza, de 14 a 19 de agosto, o Universo Games Senac 2006, na unidade Lapa Tito. O evento trará informações profissionais de mercado a educadores e aos jogadores. Informações: (11)3868-6900


CULT
A revista Cult oferece cursos na área de humanas com desconto para professores. Em agosto, a programação é dedicada à Filosofia e Crítica Literária. Mais informações pelo telefone (11) 3385-3385.


Equipamentos sem fio em universidade
O Universia, a Universidade do Sul de Santa Catarina e o Santander Banespa inauguram uma sala com equipamentos sem fio para uso da comunidade local no campus Pedra Branca da universidade . www.universia.com.br.


Curso de memorização: inscrições abertas
O Instituto Bastos de Expansão Mental está com inscrições abertas para o curso de memorização com enfoque principal para pessoas a partir dos 60 anos. Durante as aulas, que terão início no dia 8 de agosto, são realizados exercícios de ginástica cerebral, técnicas de concentração e algumas práticas de memorização. As inscrições podem ser feitas pelo site www.institutobastos.com.br ou na sede do instituto, que fica na Rua Tomás Carvalhal, 206, Paraíso. Mais informações pelo telefone (11) 3887-4722.

JORNAL DA TARDE – 29/07/2006
Merendeiras treinam a alimentação saudável 

Fundação Banco do Brasil oferece oficinas para estimular o consumo de alimentos típicos regionais, orgânicos e naturais 

LUANDA NERA

Aprender a preparar, de forma saudável e segura, alimentos com alto valor nutritivo e baixo custo. Com esse objetivo, 200 merendeiras e educadores dos programas sociais da Fundação Banco do Brasil (FBB)reuniram-se esta semana, em São Paulo. Sob a coordenação da pediatra e nutróloga Clara Brandão, elas participaram da oficina Alimentação Sustentável, que procura estimular o consumo de alimentos típicos regionais, além de produtos orgânicos e naturais.
As aulas incluíram receitas de bolos, sucos, saladas, entre outros pratos do dia-a-dia. As merendeiras receberam um kit com livros, vídeo e gráfico comparativo com os valores nutricionais dos alimentos.
Oficinas como essa já foram realizadas na Bahia, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Entre os beneficiários indiretos do programa estão cerca de 51 mil crianças e adolescentes de outro programa da fundação, o AABB Comunidade, desenvolvido nas Associações Atléticas Banco do Brasil.
As oficinas são baseadas no trabalho da médica Clara Brandão, que há 32 anos criou a "Multimistura" - composto nutricional de folhas e sementes utilizado para enriquecer a alimentação de comunidades carentes no Brasil e em outros países.
"Mais da metade da população tem deficiência de micronutrientes, fundamentais para o metabolismo. Sem eles, pouco se aproveita dos alimentos ingeridos", explica a especialista. Dra. Clara lembra ainda que aditivos químicos e agrotóxicos podem provocar até alterações no comportamento e modificações genéticas. "Alimentação de qualidade não depende de dinheiro, mas de informação", completa.
"Orientamos não só sobre os alimentos acessíveis e saudáveis, mas também sobre a melhor forma de prepará-los. Isso faz toda a diferença", reforça Juliana Ganimi, da diretoria de Educação da FBB.
A merendeira Edna Lopes, 44 anos, de Oswaldo Cruz (SP), aceitou o desafio: "A partir de agora vou tentar fazer as crianças gostarem de verduras! É difícil mudar hábitos, mas aprendi receitas muito interessantes, que vão ajudar bastante". E garante: "Na minha casa também vou mudar. É mais saudável e mais barato".
Iza Abreu Bonin, 42 anos, cozinheira em Salto do Lontra (PR), anotou detalhadamente a receita da "farofa fria", feita com carne de soja, banana e farinha de mandioca. "Sustenta e é uma delícia. Cozinhar de forma saudável é só uma questão de informação e costume. Agora ficou fácil", resume.

 

Voltar Topo Enviar a um amigo Imprimir Home