06/02/2019 - NOSSA RESPOSTA CONTRA AS AMEAÇAS DO GOVERNO BRUNO COVAS: 100% EM GREVE

GOVERNO AMEÇA E PRESSIONA, NA TENTATIVA DE ESVAZIAR A GREVE

     A greve unificada, convocada pelas entidades que representam servidores públicos municipais de diferentes quadros profissionais e secretarias da Prefeitura de São Paulo, está acontecendo em resposta e devido às atitudes do governo Bruno Covas.

     Insensível à situação de milhares e milhares de servidores que reivindicam valorização profissional, aumento de suas remunerações com aplicação de reajustes não inferiores à inflação, reposição de perdas decorrentes da política salarial de 0,01% de índice geral de reajustamento vigente nos últimos anos, acabou propondo e aprovando a Lei nº 17020/2018, que confisca 3% dos seus salários e instituí o Regime de Previdência Complementar. Lei que também o autoriza a criar a Sampaprev.


PREFEITO BRUNO COVAS APROVA O CONFISCO DE SALÁRIO E QUER QUE SERVIDOR NÃO REAJA

       Importante dizer que os servidores não declararam greve sem antes buscar todos os meios para sensibilizar o executivo e os vereadores e vereadoras que um dia após o Natal, aprovaram a referida Lei.

     Lógico que os servidores se sentiram traídos, golpeados, aviltados em seu direito e pela redução dos seus salários.

     Ainda tiveram de se proteger da repressão e violência contra os participantes da manifestação realizada em frente à Câmara, tanto nos dias de manifestações durante e greve em março e como no dia 26 de dezembro de 2018. 

     Houve, portanto, por parte dos servidores, interesse em dialogar ,na tentativa de convencer o governo de que sua política de confisco salarial, sob a alegação de déficit da Previdência é uma violência que comete contra os servidores e serviços públicos, prejudicando também e,  principalmente, a população, que precisa e tem direito ao serviço público de qualidade.

     Mas, insensíveis, prefeito e vereadores que votaram a favor da lei da Sampaprev, querem culpar os servidores pela situação a que chegou o serviço público e pela greve.


BRUNO COVAS DISTORCE INFORMAÇÕES PARA TENTAR CONVENCER 
A POPULAÇÃO QUE OS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO E DEMAIS SERVIDORES SÃO OS CULPADOS PELA PARALISAÇÃO DOS SERVIÇOS

     Nas entrevistas concedidas aos jornais de grande circulação e para as principais emissoras de rádio e TV, o prefeito Bruno Covas diz que professores e diretores têm média salarial de R$ 10 mil e 16 mil, respectivamente. Lógico que quer, com isto, colocar estes servidores como privilegiados. Esconde informações sobre os pisos remuneratórios dos próprios professores e gestores e também não diz que o pessoal dos níveis básico e médio da Prefeitura, também atingidos pelo confisco dos seus salários, tem remuneração abaixo de 1,5 salário mínimo. 

     Também não diz que a remuneração de cada um dos servidores não foi composta de forma ilegal e só alcançada depois de muitos e muitos anos de trabalho.

     Além de desinformar, por meio de mentiras que se repetem, ainda afirma que vai cortar o ponto dos servidores que estão legítima e legalmente em greve contra a sua política de confisco.


GOVERNO PRESSIONA PARA QUE AS ESCOLAS E OUTRAS REPARTIÇÕES TRANSMITAM INFORMAÇÕES DE QUANTOS E QUAIS SERVIDORES PARTICIPAM DA GREVE

     Sim, em nenhuma época houve prefeito que autorizasse ou incentivasse os servidores a fazerem greve contra seus atos e políticas ou por suas reivindicações.

     Nunca esperamos tal atitude, tampouco solicitamos autorização para ir à luta e defender direitos e reivindicações.

     Nas lutas que realizou, o SINPEEM obteve conquistas salariais, funcionais e outras. Também em lutas e por meio delas, sempre conseguiu assegurar o exercício do direito de greve, com o pagamento dos dias parados e nenhuma punição funcional a qualquer profissional de educação por ter delas participado.

     Mas, agora, ao contrário do que foi feito em vários outros momentos em que realizamos nossos movimentos reivindicatórios e foi feito levantamento quantitativo, o governo quer a quantidade e a relação com nome e RF de quem está em greve, reivindicando direitos.

     Indicamos a todos os profissionais de educação, gestores ou a quem estiver respondendo pela escola ou qualquer outra repartição pública municipal que não atendam a estas pressões.


NOSSA RESPOSTA ÀS AMEAÇAS DO GOVERNO BRUNO COVAS: PARALISAÇÃO E GREVE COM 100% DE PARTICIPAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO E DEMAIS SERVIDORES MUNICIPAIS

     A política de confisco de salários atinge a todos. Atingiria ainda com maior índice de desconto, ou seja, 19%, não fosse a GREVE que realizamos e teve a participação de mais de 100 mil profissionais de educação e demais servidores. Gestores de educação que atuam nas DREs e escolas, não fosse a luta que realizamos, já estariam pagando 19% para o Iprem. Professores e demais servidores dos quadros dos níveis superior e médio da Prefeitura também já estariam pagando esse mesmo percentual.

     Estes colegas que recebem pressão para enviar nomes e RFs dos servidores, que após impedirem na luta as alíquotas suplementares de 15% a 19% para o Iprem e que continuam na luta contra o aumento de 11% para 14%, exigem valorização dos serviços públicos, dos servidores públicos e 10% de aumento geral para os ativos e aposentados, não podem ser punidos. Querem, logicamente, a participação de todos nesta luta e esperam que o direito de recusa à delação seja exercido.

     E, a melhor e mais eficaz maneira de não ser pressionado a dar informações sobre quem está participando na greve é dela participar. 

     Com 100% das escolas e todas as demais repartições em greve o governo não tem a quem pedir informações e ninguém correrá o risco de, tendo o direito de greve e pela qual não pode ser punido, responder a processo por INSUBORDINAÇÃO.

  CONTRA QUALQUER PUNIÇÃO, PELO RECONHECIMENTO DO DIREITO DE GREVE, CONTRA O CONFISCO E PELO ATENDIMENTO ÀS REIVINDICAÇÕES DO MOVIMENTO UNIFICADO DOS SERVIDORES MUNICIPAIS:




TODOS À GREVE

NENHUM DIREITO A MENOS!

07 DE FEVEREIRO – EM FRENTE À PREFEITURA

14h – MANIFESTAÇÃO E ASSEMBLEIA GERAL UNIFICADA



A DIRETORIA

CLAUDIO FONSECA
Presidente
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