15/02/2019 - NÃO TEM ARREGO - A LUTA CONTINUA

Servidores enfrentam a chuva e voltam às ruas para reivindicar a revogação da reforma da previdência e repudiar o corte do ponto determinado pelo prefeito 

        Mesmo sob forte chuva, milhares de servidores municipais, em greve há 12 dias, participaram, na tarde desta sexta-feira, 15 de fevereiro, da manifestação unificada em frente à Prefeitura, no Viaduto do Chá, para, mais uma vez, protestar e reivindicar a revogação da Lei nº 17.020/2018, que aumenta o desconto previdenciário do funcionalismo de 11% para 14%, e cria a Sampaprev, conforme deliberado em assembleia unificada, realizada na quarta-feira, 13 de fevereiro. 

        Os trabalhadores também reivindicam valorização dos servidores e dos serviços públicos, nenhum confisco de salários e reajuste geral de 10%.

        O movimento ganha força com a decisão do prefeito de cortar o ponto dos servidores que estão exercendo o direito de greve, garantido pela Constituição Federal a todos os trabalhadores, públicos e privados, e por lei municipal.

        Todos os dirigentes sindicais que participam unitariamente do movimento criticaram a determinação do prefeito de apontamento de faltas injustificadas dos grevistas.

        “O prefeito está exigindo que todos os gestores apontem faltas injustificadas. E nós dizemos: NÃO TEM ARREGO. E pedimos aos gestores e a todos aqueles que ainda não aderiram à greve que venham conosco para a rua, para também lutar por nossos direitos. Se todos os servidores municipais estiverem em greve, o governo não terá ninguém para apontar falta injustificada”, disse Claudio Fonseca, presidente do SINPEEM. O sindicato elaborou DOCUMENTO, e disponibilizou no site, explicando a decisão do prefeito e o posicionamento do sindicato.

        Fonseca também lembrou que, ao impor o aumento da contribuição da Previdência, o governo Covas está penalizando várias vezes os servidores. “Vamos contribuir com um percentual maior e ainda vão nos impor mais tempo de contribuição. Vocês imaginam o que significa os profissionais de educação, saúde, segurança trabalharem até 62 / 65 anos de idade. Não teremos escolas, teremos espólios; na verdade, equipamentos sem condições de educar. A nossa luta é contra a Sampaprev, contra o aumento da contribuição previdenciária e também é a nossa unificação na reação contra a reforma da Previdência do governo federal, indicando, inclusive, o dia 20 de fevereiro, quando participaremos do ato unificado das centrais sindicais contra a proposta do governo Bolsonaro, que retira direitos dos trabalhadores”, concluiu o presidente do SINPEEM.

        Da Prefeitura, os servidores seguiram em caminhada pela cidade, com palavras de ordem, orientando a população sobre a importância da greve – que também tem como finalidade garantir que todos tenham serviços públicos de qualidade –, até a Secretaria Municipal de Saúde, na Praça da República.



CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA E EM DEFESA DOS DIREITOS E REIVINDICAÇÕES DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS, TODOS À GREVE

19/02 – ASSEMBLEIA UNIFICADA, ÀS 14 HORAS, EM FRENTE À PREFEITURA


 


Comando Unificado de Greve dos Servidores Municipais

        Após a manifestação, o Comando Unificado de Greve dos Servidores Municipais se reuniu no Centro de Formação do SINPEEM, com a participação de dirigentes sindicais do Fórum das Entidades.

        Durante a reunião foi decidido que, para fortalecer o trabalho e para que possamos ter 100% dos servidores em greve, contra a reforma da Previdência e em defesa dos nossos direitos, na segunda-feira, dia 18 de fevereiro, será realizada visitação aos locais de trabalho dos setores públicos de saúde, educação, cultura, segurança, transporte, habitação, meio ambiente, esporte, administração, entre outros.

        O Comando Unificado de Greve também decidiu que será elaborado material das entidades para distribuir à população e fazer o trabalho de convencimento para que tenhamos 100% dos servidores em greve.


A DIRETORIA

CLAUDIO FONSECA
Presidente


Fotos: Graça Donegati 
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