29/09/2020 - SINPEEM é contra a realização de atividades extracurriculares

        O prefeito Bruno Covas autorizou a reabertura das escolas das redes municipal, estadual e particular de ensino do Município de São Paulo a partir do dia 07 de outubro, para a realização das atividades extracurriculares. A participação é voluntária, tanto para as escolas como para os alunos, e depende da aprovação do Conselho de Escola

        A decisão sobre a retomada das aulas presenciais ficou para o dia 03 de novembro, após a realização de novo teste sorológico, quando poderá ser novamente prorrogada. Portanto, NÃO está autorizado o retorno das aulas presenciais regulares nas escolas da cidade de São Paulo.

        De acordo com a Instrução Normativa nº 33, publicada no DOC de 26 de setembro, para os alunos da rede municipal de ensino serão ofertadas as seguintes atividades extracurriculares: atividades culturais, cursos de idiomas; esportes, exceto os demandam contato físico e organização coletiva; reforço escolar, preferencialmente de Língua Portuguesa e de Matemática, acolhimento, musicalização, contos literários, oficina de culinária, teatro de fantoches, exploração tátil/visual e atividades recreativas.


NÃO ÀS ATIVIDADES EXTRACURRICULARES PRESENCIAIS

        O SINPEEM tem discutido, pressionado e conseguido evitar o retorno das aulas presenciais durante a pandemia. Também tem defendido que não haja atividades extracurriculares presenciais em nenhuma unidade, pois, mesmo com a limitação máxima de 20% dos estudantes por turno, e de a participação ser voluntária, coloca em risco as vidas dos alunos, dos profissionais de educação e das famílias, tendo em vista que ainda não existe vacina contra a Covid-19 e que as unidades educacionais não possuem infraestrutura e segurança sanitária adequada para atividades presenciais.

        Por isso, o SINPEEM orienta os Conselhos de Escola a não aprovarem a realização de atividades extracurriculares presenciais a partir de 07 de setembro. 

        Temos insistido com o governo que esses meses restantes de 2020 sejam utilizados para a implementação de medidas pedagógicas e de sanitização, para garantir a segurança de todos os envolvidos.


TESTES SOROLÓGICOS DESCARTARAM RETORNO

        Os três testes sorológicos realizados pela Prefeitura evidenciaram que o retorno das aulas presenciais neste momento pode representar um grande vetor de contaminação e disseminação da Covid-19 na cidade, conforme o SINPEEM tem defendido. 

       A última pesquisa, divulgada em setembro, concluiu que 18,4% dos alunos testados (244.242 mil) já tiveram a Covid-19. Desse total, 66% são assintomáticos, mas muitas vezes possuem a mesma carga viral de um adulto e podem agravar a disseminação da doença, principalmente porque, segundo o inquérito, 26,7% moram com adultos com mais de 60 anos - que fazem parte do grupo de risco -, possibilitando a ampliação do número de casos, internações e óbitos.

       Para o SINPEEM, a retomada das aulas presenciais e a organização do ensino devem ser discutidas com os profissionais de educação e com as entidades representativas da categoria, garantindo autonomia das escolas, com a continuidade dos projetos político-pedagógicos, que respeitam as especificidades de cada unidade. 

        Além disso, a intenção do governo de implementar o ensino integral em toda a rede municipal de ensino ainda em pandemia revela contradição, posto que não é indicada aglomeração e exposição dos alunos por mais tempo em ambiente que oferece risco de contaminação pelo coronavírus.


SE RETOMAR AS AULAS PRESENCIAIS EM 2020 TODOS VÃO PARAR

        Desde maio, quando o governo do Estado fez os primeiros anúncios de retorno em julho ou agosto, o SINPEEM deixou claro que convocaria greve total da rede, com a participação das famílias.

        Este posicionamento está decidido e será efetivado caso haja retorno das atividades presenciais neste ano.

        Para o retorno em 2021, quando ocorrer, exigimos a implementação de protocolos e ações que garantam segurança sanitária para os alunos, as famílias e os profissionais de educação, ajustadas a um programa de acolhimento e diretrizes pedagógicas.
 
        SINPEEM em defesa da educação, da saúde e da vida.


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