26/02/2021 - SINPEEM publica monitoramento da contaminação pelo coronavírus nas escolas da rede municipal de ensino de São Paulo

        Este monitoramento não se resume ao conhecimento e divulgação dos casos, mas de indicadores que apontam para a necessária e urgente tomada de decisão pelo governo municipal de revogar o decreto que autorizou atividades e aulas presenciais nas redes pública e privada na cidade de São Paulo.

        Que o prefeito adote as mesmas medidas dos prefeitos de cinco cidades da região do Grande ABC, que decidiram não seguir a determinação do governo estadual, e suspenda as aulas e atividades presenciais nas redes de ensino da cidade de São Paulo.

        No dia 24/02 o governo de São Paulo declarou que o Estado estará sob uma medida de toque de restrição, que começa a valer neta sexta-feira, 26/02. Há discussões sobre o que significa este toque de restrição, que coibi aglomerações das 23h às 5h, e sua eficácia na diminuição da taxa de contaminação na cidade.

        A verdade é que estamos diante de uma das fases mais agudas da contaminação pelo coronavírus. Bastaram poucos dias de retomada das aulas presenciais e os casos nas unidades de alunos e profissionais de educação com sintomas e confirmações da doença vão se somando.

        A situação é grave e os profissionais de educação decretaram GREVE após várias tentativas, em reuniões realizadas com a SME, para que a Prefeitura mantivesse os docentes e demais profissionais de educação em trabalho remoto, para que o calendário escolar se ajuste ao calendário de vacinação, garantindo aos bebês, crianças, jovens adultos, profissionais de educação e toda a sociedade maior rede de proteção.    


COMO A ESCOLA DEVE AGIR EM CASOS DE CONTAMINAÇÃO OU SINTOMAS DE CONTAMINAÇÃO DE ALUNOS E PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO?

        O SINPEEM convocou, em conjunto com as demais entidades, greve unitária contra as atividades e aulas presenciais na rede municipal. E entende que, neste momento, é a melhor e mais eficaz forma de proteger a saúde e a vida dos alunos, seus familiares e de todos os profissionais de educação. Escolas fechadas e profissionais de educação evitando circulação e aglomeração. Portanto, todos em greve e em casa.

        A não adesão à greve significa desprezo ao risco cada dia maior de contaminação, insensibilidade com o sofrimento e dor de quem adoece e com aqueles que perdem seus entes queridos.

        No entanto, passados 16 dias corridos desde a decretação da greve, ainda temos muitos profissionais de educação trabalhando e escolas abertas. As ocorrências vão se multiplicando. Mesmo contra todas os alertas de médicos sanitaristas e infectologistas do risco maior de contaminação, saturação do sistema hospitalar e situações graves em outras cidades e Estados, o governador Doria, o prefeito Covas e seus secretários de Educação insistem em expor as pessoas aos riscos de adoecimento e morte.

        Cobramos e exigimos que a SME deixasse claro os procedimentos que devem ser adotados quando comparecem ao trabalho profissionais de educação e alunos com sintomas da doença. A SME, afirma que encaminhou a orientação sobre o fluxo de monitoramento para as escolas e procedimentos que devem adotar. Algumas unidades afirmam que não receberam, nos dão conta de casos e indagam como devem agir. Sempre respondemos que a melhor proteção é a adesão de todos à greve. Ainda assim, publicamos aqui o fluxo de monitoramento que nos foi entregue pela SME e o quadro com casos que nos foi comunicado, que demonstra situação crítica, que se alastra por toda a cidade e comprova que não é possível adiar a decisão de suspensão das atividades e aulas presenciais.


FLUXO DE MONITORAMENTO INFORMADO POR SME PARA SEREM CUMPRIDOS PELAS ESCOLAS

1. Monitorar sintomas na entrada e em outros momentos da rotina escolar (aferição da temperatura / questionamento sobre sintomas).

2. Isolar o estudante/educador que estiver com sintomas.

3. Entrar em contato com a família (caso estudante).

4. Preencher informações no sistema informatizado no momento da ocorrência. Imprime uma cópia para o estudante levar até a UBS de referência. A unidade deve ter um responsável por esse cadastro imediato.

5. Familiar leva o estudante até a UBS. No caso do educador, este deverá ir até a unidade de saúde.

6. Em caso de confirmação de Covid, afastamento por 14 dias a partir do início do sintoma.

7. As pessoas que tiveram contato próximo (menos de um metro de distância por um período mínimo de 15 minutos) serão afastadas até a confirmação (ou não) da Covid.

8. Na ocorrência de dois ou mais casos suspeitos ou confirmados a turma deverá ser afastada.

9. O turno de funcionamento será suspenso se mais turmas apresentarem casos.


 IMPORTANTE

  • A escola deve monitorar diariamente os casos afastados.
  • Os familiares devem ser orientados a avisar a unidade escolar caso haja algum sintoma ou confirmação de Covid na família.
  • Professores devem usar máscara em todos os espaços da unidade, inclusive na sala dos professores. Fundamental atentar para os momentos de refeição.


   CASOS DE CONTAMINAÇÃO NA REDE INFORMADOS AO SINPEEM

BALANÇO DE 10 A 26/02/2021

 

        Este quadro será atualizado a cada dia, conforme as informações dos associados ao SINPEEM de cada unidade. A enquete está disponível no site do SINPEEM.

       Estas informações são imprescindíveis para a atuação política do SINPEEM, que exige a mudança da decisão do prefeito e do governador e para fundamentar nossos procedimentos junto à justiça comum e do trabalho.

        Este quadro registra dois óbitos e face às ocorrências quase diárias de contaminação, já justifica que o governo mude a sua decisão.


INTERDIÇÃO DE ESCOLAS POR FALTA DE INFRAESTRUTURA E DE CONTAMINAÇÃO

        Vários associados também comunicaram ao SINPEEM a interdição de escolas em função de falta de infraestrutura e até mesmo de material básico de higiene, conforme já denunciado pelo SINPEEM, e também do registro de casos de Covid-19. 

        Entre estas escolas estão:  

  • CEI Inezita Barroso
  • CEI Jardim Catanduva 
  • CEI Jardim Ipanema 
  • CEI Jardim São Luiz 
  • CEI Jardim Taipas
  • CEI Marielcia
  • CEI Roberto Arantes Lanhoso 
  • CEI Suzana Campos Tauil 
  • CEI Suzana Campos Tauil 
  • Cemei Andaguaçu 
  • Cemei Pacheco Gato
  • CEU Emef Mara Cristina Tartaglia Sena 
  • Cieja Ermelino Matarazzo 
  • Emef Abrão Huck 
  • Emef Alferes Tiradentes  
  • Emef Antenor Nascente 
  • Emef Badra 
  • Emef Cel. Romão Gomes 
  • Emef Dilermando Dias dos Santos 
  • Emef Dom Pedro 
  • Emef Dr. Pedro Aleixo 
  • Emef Fazenda da Juta
  • Emef Humberto de Campos 
  • Emef João Ribeiro de Barros 
  • Emef Marili Dias
  • EMEF Mario Lago 
  • Emef Máximo de Moura Santos
  • Emef Octávio Pereira Lopes 
  • Emef Olavo Fontoura 
  • Emef Olinda Menezes Serra Vidal
  • Emef Padre Gregório Westrupp
  • Emef Paulo Nogueira Filho 
  • Emef Prof José Bento de Assis 
  • Emef Prof. Olinda Menezes Serra Vidal 
  • Emef Professor Abrão de Moraes 
  • Emef Professor Aurélio Arrobas Martins 
  • Emef Professor Dr. Valter Paulino Estevam 
  • Emef Professora Wanda Ovidio Gonçalves 
  • Emef Shirley Guio  
  • Emef. Prof. Rivadávia Marques Júnior
  • Emef. Rodrigues Alves  
  • Emef. Virgílio de Mello Franco 
  • Emei Cj. Residencial Elísio Teixeira Leite 
  • Emei Danton Castilho Cabral 
  • Emei Dr Antonio Roberto Alves Braga 
  • Emei Rosa Maria Diogo de Resende 


RETOMADA SOMENTE COM SEGURANÇA.

A GREVE CONTINUA!


A DIRETORIA

CLAUDIO FONSECA
Presidente

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