07/03/2012 - 8 de março - Dia Internacional da Mulher

         Não faltam exemplos na história de mulheres que viveram além do seu tempo e contribuíram para mudar os rumos da humanidade. De Helena de Tróia a Joana D´Arc, de Anita Garibaldi a Tarsila de Amaral e Simone de Beauvoir, de Madre Teresa de Calcutá a Irmã Dulce. Artistas, jornalistas, donas de casa, mães, escritoras, professoras, engenheiras, arquitetas, advogadas, missionárias, políticas, entre tantas outras, possuem a mesma força e determinação. 

 Hoje, apesar de o preconceito, da desigualdade social e das distorções socioeconômicas entre homens e mulheres ainda se fazerem presentes, em função de machismo arraigado à nossa cultura, e dos estereótipos de submissão, incapacidade e fragilidade as mulheres continuam lutando para reverter este quadro, rompendo barreiras e reivindicando melhores condições de trabalho e de vida.

 No Brasil, um dos principais marcos foi a conquista das mulheres, em 24 de fevereiro de 1932, do direito ao voto e de serem eleitas para cargos públicos nos Poderes Executivo e Legislativo, exercendo a cidadania em sua plenitude, além de conquistarem os mesmos direitos trabalhistas que os homens, fortalecendo sua luta.

 Alçou e alcançou outros voos, ocupando, ao longo dos anos, funções no mercado de trabalho antes só permitidas aos homens. Atualmente, segundo dados do IBGE, representam mais da metade da população brasileira e são chefes de família em mais de 35% dos lares em todo o país.

 Em 22 de setembro de 2006, conquistou uma nova e importante vitória, com a promulgação da Lei nº 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, que alterou o Código Penal Brasileiro, inibindo a violência doméstica contra a mulher.

 Por todos estes fatores, o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, visa lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas ao longo dos tempos, por meio da realização de atos, conferências em vários países do mundo para debater o importante papel da mulher na sociedade. Visa, ainda, reivindicar, cada vez mais, condições dignas e igualitárias de trabalho, saúde, habitação, educação e qualidade de vida.

SINPEEM TEM RESOLUÇÕES
VOLTADAS PARA AS MULHERES

 A luta do SINPEEM em defesa da mulher é histórica, até porque, a maioria dos profissionais de educação é composta por mulheres, tanto docentes, como gestoras educacionais e trabalhadoras do quadro de apoio.

Por isso, além das resoluções congressuais que abordam as questões voltadas a todos os trabalhadores da área, o SINPEEM trabalha com questões voltadas essencialmente às mulheres e faz, nesta data, a sua homenagem a estas profissionais valorosas para a educação em todo o país.

De uma perspectiva histórica, os últimos cem anos têm configurado uma verdadeira revolução no tocante à crescente presença das mulheres em todas as instâncias da vida pública. No processo de ampliação da experiência democrática, o importante é articular as demandas e lutas por temas que unam mulheres e homens na continuidade histórica de responsabilidades humanas e sociais.  

Uma das prioridades na promoção da cidadania precisa ser a igualdade de gênero, a ser defendida por meio de uma lei da paridade, em que a mulher tenha efetivamente os mesmos direitos. É necessário, ainda, reformar o Código do Trabalho para dar condições de conciliação entre vida familiar e vida profissional.

CAMPANHAS, REIVINDICAÇÕES E AÇÕES POLÍTICAS DO SINPEEM:

a) adotar políticas públicas específicas em favor das mulheres;

b) garantir no ensino público a valorização da educação, com ênfase em gênero;

c) promover a construção de um currículo com diretrizes que contemplem a questão de gênero;

d) promover políticas de combate à discriminação de gênero, à lesbofobia e à homofobia;

e) combater a exploração sexual infantojuvenil; e

f) combater o tráfico de mulheres.  

 

SINPEEM PARTICIPA DE ATO UNIFICADO


 

Nesta quinta-feira, 8 de março, em São Paulo, o SINPEEM participará de ato unificado de diversas entidades e caminhada em defesa da liberdade e autonomia sindical, da valorização do salário mínimo, das creches públicas, da igualdade no trabalho e no movimento sindical, dos direitos para os trabalhadores domésticos (Convenção nº 189 da Organização Internacional do Trabalho – OIT), do compartilhamento das responsabilidades familiares (Convenção nº 156 da OIT), do combate à violência contra as mulheres e de salário igual para trabalho igual.

A concentração para o ato será às 14 horas, na Praça da Sé, de onde os manifestantes seguirão em caminhada até a Praça da República.


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BREVE HISTÓRICO DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

De acordo com historiadores, o Dia Internacional da Mulher tem como ponto de partida as manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada do seu país na Primeira Guerra Mundial. Essas manifestações marcaram o início da Revolução de 1917. Entretanto, a ideia de celebrar um dia da mulher já havia surgido desde os primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas de mulheres por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito ao voto.

Em 1975, foi designado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Ano Internacional da Mulher e, em dezembro de 1977, o Dia Internacional da Mulher foi adotado pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres.

ORIGEM

           A ideia da existência de um dia internacional da mulher surge na virada do século XX, no contexto da Segunda Revolução Industrial e da Primeira Guerra Mundial, quando ocorreu a incorporação da mão de obra feminina, em massa, na indústria. As condições de trabalho, frequentemente insalubres e perigosas, eram motivo de frequentes protestos por parte dos trabalhadores. Muitas manifestações ocorreram nos anos seguintes, em várias partes do mundo, destacando-se Nova Iorque, Berlim, Viena e São Petersburgo. 

O primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado em 28 de fevereiro de 1909, nos Estados Unidos, por iniciativa do Partido Socialista da América, em protesto contra as más condições de trabalho das operárias da indústria do vestuário de Nova Iorque.

Em 1910, ocorreu a primeira conferência internacional de mulheres, em Copenhagen, dirigida pela Internacional Socialista, quando foi aprovada proposta da socialista alemã Clara Zetkin, de instituição de um dia internacional da mulher, embora nenhuma data tivesse sido especificada.

No ano seguinte, o Dia Internacional da Mulher foi celebrado em 19 de março, por mais de um milhão de pessoas, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça.

Poucos dias depois, em 25 de março de 1911, um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist matou 146 trabalhadores - a maioria costureiras. O número elevado de mortes foi atribuído às más condições de segurança do edifício. Este foi considerado como o pior incêndio da história de Nova Iorque, até 11 de setembro de 2011. Para a socióloga e professora brasileira Eva Blay, é provável que a morte destas trabalhadoras tenha se incorporado ao imaginário coletivo, de modo que esse episódio é, com frequência, erroneamente considerado como a origem do Dia Internacional da Mulher.

Fonte: www.wikipedia.org 

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